quinta-feira, 28 de abril de 2011

A volta do coronelismo na política de Alagoas

Extra Alagoas - AL
10/02/2011 - 11:44

A volta do coronelismo na política de Alagoas

Desembargador Washington Luis amplia influência política no Estado e assume condição de novo coronel do Sertão alagoano
MANOEL FERREIRA especial para o Extra.
Um desembargador, uma conselheira do Tribunal de Contas, dois deputados, três prefeitos e poder sobre dezenas de municípios alagoanos. Esse é o legado político do grupo comandado pelo desembargador Washington Luís, o novo coronel do Sertão alagoano. Desde a época em que foi deputado estadual, Washigton vem construindo um verdadeiro cartel político em Alagoas. Esta semana mesmo emplacou o irmão e deputado Inácio Loiola como 1º secretário na mesa diretora da Assembleia Le-gislativa, o segundo homem mais forte daquele poder, ficando abaixo tão somente do presidente Fernando Toledo.

Além do próprio cargo, o desembargador do TJ tem a esposa, Rosa Albuquerque, como conselheira do Tribunal de Contas do Estado, ocupando hoje a corregedoria daquele órgão. Tem a filha, Mellina Freitas, como prefeita de Piranhas e o genro, Cristiano Matheus, é prefeito de Marechal Deodoro, enquanto o cunhado, Antonio Albuquerque, é vice-presidente da Assembleia Legislativa. Também faz parte do grupo político do desembargador o prefeito de Maravilha, Márcio Fidelso, cunhado do deputado Antônio Albuquerque.

CORONELISMO MO-DERNO - A força política do desembargador Washington Luís mais se assemelha com o retorno do coronelismo a governar grande parte de Alagoas, logicamente em moldes diferente dos coronéis violentos do passado. De modos afáveis, o desembargador tem ascendência, ou dizer, pulso sobre os municípios de Piranhas, Olho D'Água do Casado, Marechal Deodoro e Ma-ravilha, além de grande parte de Limoeiro de Anadia, onde seu cunhado, mesmo derrotado nas últimas eleições, ainda domina parte de seus munícipes com mão-de-ferro.
Da redaçãoDa redação
Desembargador Washington Luís comanda grupo político, amplia seu poder e até já é considerado o novo coronel do Sertão alagoano.

Além do poder político junto aos municípios alagoanos, o poderio de Washington Luís começa no Tribunal de Justiça do Estado, passa pelo Tribunal de Contas e agora pela Assembleia Legislativa, com dois cargos na mesa diretora. A plenitude dessa força, porém, ainda sofre resistência por parte de seu cu-nhado, deputado Antônio Albuquerque, que ainda se mostra arredio ao poder cada vez maior do parente. Mas, juntando as forças, conseguiram o retorno do ex-presidente, indiciado e preso na Operação Taturana, que processa políticos e servidores da Assembleia Legislativa por roubo e malversação de dinheiro público.

DENUNCIADO - Was-hington Luís Damasceno é um desembargador polêmico e não foi muito compreendido por seus pares no TJ. Quando ainda na ativa, o desembargador Antônio Sapucaia o denunciou ao Conselho Nacional de Justiça por fazer pagamentos ao seu arbítrio, "depositando quantias ínfimas na conta dos juízes, enquanto lançava valores elevados em prol de alguns desembargadores". Escreveu Antônio Sapucaia na representação ao CNJ: "Em síntese, serve um "gogozinho" àqueles de 1º grau e se locupleta de fartas refeições. Sabe-se até que há desembargadores e juízes que receberam integralmente a diferença, o que não deixa de caracterizar improbidade administrativa, passível de ação", acrescentou. 

À época, o desembargador Washington Luís, para ser coerente com o que denunciou Antônio Sapucaia ao CNJ, só deveria receber seu crédito salarial quando os juízes recebessem também. "Se houve incúria, como ele afirmou, esta foi praticada também por ele, ao receber farto jantar, sem se preocupar com o gogozinhno dos juízes", destacou. 

Durante o ano de 2010 o todo poderoso desembargador sertanejo também foi denunciado ao Conselho Nacional de Justiça, inclusive com membros do Mi-nistério Público Estadual já se preparando para substituí-lo. Ele, desde quando assumiu o cargo, está embrulhado nas próprias atitudes. Sua posse, na vaga do procurador José Martins, foi contestada, pois Martins se achava no direito de atender os requisitos do cargo, principalmente tempo de serviço. Na condição de de-putado estadual, Washington Luiz se valeu de sua força política junto ao governo do Estado e conseguiu a vaga. O procurador morreu lutando pelo que achava uma injustiça (José Martins era pai de Humberto Eustáquio, atual ministro do STJ).

Como fenômeno sócio-político, coronelismo surge na República

Coronelismo é um brasileirismo usado para definir a complexa estrutura de poder que tem início no plano municipal, exercido com hipertrofia privada (a figura do coronel) sobre o poder público (o Estado), e tendo como carecteres secundários o mandonismo, o filhotismo (ou apadrinhamento), a fraude eleitoral e a desorganização dos serviços públicos - e abrangeu todo o sistema político do pais no período conhecido como República Velha. Tinha como forma de poder político a figura de uma liderança local - o Coronel - que definia as escolhas dos eleitores em candidatos por ele indicados.

Segundo a enciclopédia Wikipédia tinha forma de mandonismo, que tem origem no período coloniall - quando era inicialmente absoluto o poder do chefe local, evoluindo em seguida para formas mais elaboradas de con-trole, passando pelo coronelismo até as modernas formas de clientelismo, embora o cargo de Coronel da Guarda Nacional tenha sido originado quando da criação da própria Guarda Nacional no Período Regencial quando era Ministro da Justiça o Padre Feijó (1831), não era o mesmo que a patente militar do Exército e, como fenômeno social e político, teve lugar após o advento da República.

7 comentários:

  1. Este é um defeito que todos temos... sempre reparar nos defeitos das outras pessoas, e com uma enorme dificuldade para enxergar os nossos.

    É muito fácil e gostoso apontar defeitos e erros alheios, sempre esquecendo que também os temos e os cometemos.

    Muitas vezes, julgamos uma pessoa por informações dela recebidas, sem termos o devido cuidado em verificar o fato, ou mesmo em constatar se a fonte geradora é inteiramente confiável. E como estamos sujeitos a erros.

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  2. esse não é o futoro do sertão e sim o desatre do srteão

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  3. Se ele é como se diz 'a lei' como não mandou prender o propio irmão que fez um milionário imprstimo no nome pobres funcionário da prefeitura de olho d'agua do casado?

    No dia em que ele fizer uma ação dessa , Eu chamarei ele de vossa exelência.

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    1. Camarada, mesmo ele fazendo uma ação dessa não vai trazer de volta as vítimas que foram tocidadas pelo grupo liderado por ele.
      Ele nunca vai ser dígno de ser chamado de vossa ecelência por mim, para mim ele é como: xepa, inacio cícero ferro antonio alberqueque,lula cabeleira joão beltrão e cia.
      São um bando de desordeiros.

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    2. isso é a pura realidade,
      por exemplo o xepa entrou em olho d'agua do casado e conseguiu separar a população.
      os carrnavais não são os mesmos os seguidores dele não se juntam com a comunidade casadense, fasem uma festinha se parada do povão isso é ridículo.

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    3. deixa de ser mentirosa(o)...xepa sempre faz festa pra o povão e nunca deixa de estar misturado com o povo...

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